domingo, 11 de julho de 2010

Tétis

Tétis, na mitologia grega, é uma titânide, filha de Urano e de Gaia. Da sua união com o seu irmão Oceano, nasceram as três mil oceânides e três mil rios. Personifica a fecundidade da água, que alimenta os corpos e forma a seiva da vegetação.

Segundo a tradição, Reia confiou-lhe o cuidado de Hera, durante a luta entre titãs e os deuses olímpicos. Em reconhecimento, a rainha do Olimpo reconciliou-a com Oceano, quando o casal se desentendeu. Tétis é representada como uma mulher jovem, de aspecto sábio. Passeia pelo mundo numa concha de marfim, puxada por cavalos brancos.

É frequentemente confundida com a sua neta, a nereida Tétis, filha de Dóris (uma das oceânides) e mãe de Aquiles.

Têmis


Têmis era a deusa grega guardiã dos juramentos dos homens e da lei, sendo que era costumeiro invocá-la nos julgamentos perante os magistrados. Por isso, foi por vezes tida como deusa da justiça, título atribuído na realidade a Diké.

Era filha de Urano(o céu, o paraíso) e de Gaia(a Terra), e segunda mulher de Zeus. Era uma divindade da segunda geração, criada, juntamente com Nêmesis — a deusa da ética — pelas moiras.

Têmis empunha a balança, com que equilibra a razão com o julgamento, e/ou uma cornucópia; mas não é representada segurando uma espada. Tinha três filhas: Eunômia - a Disciplina, Diké – a Justiça, e Eiriné – a Paz. Foi ela que fez da sua filha Diké (ou Astraea), que viveu junto aos homens na Idade do Ouro, Deusa da Justiça.

Têmis, A Deusa da Justiça

Têmis é filha de Gaia e Urano e pertence, portanto, ao mundo pré-olímpico dos Titãs, do qual ela, Leto e outras Titânides aparecem mais tarde entre os olímpicos. Seu nome significa "aquela que é posta, colocada". Sua equivalente romana era a Deusa Justitia.

Mitologia

Têmis quando ainda criança, foi entregue por Gaia, aos cuidados de Nix, que acabara de gerar Nêmesis. O objetivo de Gaia, era proteger Têmis do enlouquecimento de Urano. Porém Nix estava cansada, pois gerara incessantemente seus filhos. Então Nix entrega sua filha Nêmesis, e a sobrinha Têmis aos cuidados de suas mais velhas filhas,as Deusas Moiras ( Cloto, Laquésis e Atropo).

As Moiras criam as duas Deusas infantes, e lhes ensina tudo sobre a ordem cósmica e natural das coisas; e a importância de zelar pelo equilibrio. As Moiras são as Deusas do destino,tanto dos homens; quanto dos Deuses e suas decisões não podem ser transgredidas por ninguém. Desta criação, vimos a origem das semelhanças das duas lindas e poderosas Deusas criadas como irmãs, Têmis a Deusa da justiça e Nêmesis a Deusa da retribuição.

Há uma versão errada, que diz as Moiras eram filhas de Têmis, o que gerou esta confusão, possivelmente é te-las confundido com as Horas (ciclospresentes na natureza, estações, clima, vegetação, etc); que também agem nas energias ciclicas da natureza, assim como as Moiras (ciclos vitais da vida, nascer, crescer,etc). Têmis na mitologia grega é a deusa dos juramentos, mãe de Diké, deusa da justiça, a protetora dos oprimidos.

Filha de Urano e de Gaia, era, portanto, uma Titã. Foi a segunda esposa de Zeus, sentava-se ao lado de seu trono, pois era sua conselheira. Considerada, para a mitologia, a personificação da Ordem e do Direito divinos, ratificados pelo Costume e pela Lei.

Origem da Simbologia

Inicialmente, Têmis era representada como uma divindade de olhar austero, seus olhos ainda não eram vendados e segurava uma balança em uma das mãos, o que, até hoje simboliza o equilíbrio entre as partes envolvidas em uma relação de Direito.

A imagem da Têmis, como conhecemos hoje, passou a ter a venda nos olhos por criação de artistas alemães do século XVI. Citada faixa simboliza imparcialidade, quer dizer que a Têmis, por ser a própria exteriorização da Justiça, não vê diferenças entre as partes em litígio, sejam ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas e prudentes, não são fundamentadas na personalidade, nas qualidades das pessoas ou, ainda, no seu poder, mas apenas, na sabedoria das leis.

Outros símbolos: a lâmpada, a manjerona e "pudenda muliebria". O significado da manjerona é sexual e tem ligação com a fertilidade. Esta planta misteriosa é uma planta lunar e tem ligação com a influência fertilizadora da Lua sobre a Terra. Mas a manjerona também tem ligação direta com outro emblema de Têmis, "pudenda muliebria", que vincula a Deusa à fertilidade e à sexualidade, de modo direto e inequívoco. Sabe-se que havia orgias vinculados ao culto de Têmis e certamente, estes ritos eram de natureza sexual.

Oráculos

Têmis não representa a matéria em si, como sua mãe Gaia, mas uma qualidade da terra, ou seja, sua estabilidade, solidez e imobilidade. Ela é uma deusa que falava com os homens através dos oráculos. O mais famoso de todos os templos oraculares da Grécia Antiga, Delfos, pertencia originalmente a Gaia, que o passou a filha Têmis. Depois disso, ele foi de Febe e só no fim foi habitado por Apolo. Há pesquisadores que afirmam, no entanto, que Têmis é o próprio princípio oracular, de modo que, em vez de ter havido quatro estágios de ocupação do oráculo Delfos, foram só três: Gaia-Têmis, Febe-Têmis e Apolo-Têmis. Portanto, Têmis tinha máxima ligação com a questão das previsões oraculares e, no fundo, representa a boca oracular da terra, a própria voz da Terra, ou seja, Têmis é a terra falando.

Quando o titã Prometeu foi acorrentado ao Monte Cáucaso, Têmis profetizou que ele seria libertado. Sua profecia se concretizou quando Héracles (ou Hércules), salvou-o do seu castigo. Foi Têmis quem alertou Zeus que o filho de Tétis seria uma ameça à seu pai.

Ajudou Deucalião e Pirra a formar a humanidade após o dilúvio enviado como castigo por Zeus, profetizando que ambos deveriam "jogar os ossos de sua mãe para trás das costas". Pirra ficou temerosa de cometer algum sacrilégio ao profanar os ossos de sua mãe, não captando o sentido da profecia. Deucalião, porém, entendeu tratar-se de pedras os ossos da deusa-Terra, mãe de todos os seres. Assim ele atirou pedras para trás e delas surgiram homens.

Os oráculos dados por Têmis, não profetizavam só o futuro, mas eram ainda, mandamentos das leis da natureza às quais os homens deveriam obedecer. A Deusa nos fala de uma ordem e de uma lei naturais que precedem as noções culturalmente condicionadas da organização e das regras derivadas das necessidades de uma sociedade.

Alguns pensadores crêem ser Têmis uma abstração das noções humanas de uma justiça de uma cultura específica, presumivelmente matrifocal. Uma visão arquetípica, sustentaria que Têmis não é o produto da organização social, mas o pressuposto para tanto. Sua existência psicológica precede-o e subjaz ao entendimento humano do que ela quer dizer ou ensinará. A visão arquetípica localizaria sua origem na natureza psíquica, no inconsciente coletivo, ao invés de localizá-la na cultura e na consciência coletiva. Ela não é secundária, e sim fundamental.

Entretanto, nos cultos à Têmis eram celebrados os "mistérios" ou "orgias", emprestando-lhe a visão que ela era uma Deusa genuína, e não uma simples personificação da idéia abstrata de legalidade. Têmis é a Deusa oracular da Terra, ela defende e fala em nome da Terra, do enraizamento da humanidade em uma inabalável ordem natural.

Olimpo

Um dos atributos de Têmis é sua grande beleza, além do poder de atração de sua dignidade. Sua atratividade física é confirmada pelo mito em que Zeus a persegue com seu estilo desenfreado e, finalmente, a desposa. Em outra versão após Zeus devorar Métis grávida, as Moiras levam Têmis até Zeus para se tornar a segunda esposa de Zeus, e as Moiras profetizam que Zeus precisa e tem muito a aprender com Têmis, que é tão sábia quanto Métis.

Seu mais ardente adversário no Olimpo foi Ares, o deus da guerra cujo o apetite por violência e sede de sangue não conhecia limites. Não porque Têmis fosse contra a guerra, mas agia com motivos de ordem ambiental, pois a guerra reduziria a população humana. Na qualidade de mãe das Horas (e pai Zeus), Têmis está também por trás da progressão ordenada do tempo na natureza. As Horas representavam a ordenação natural do cosmo: inverno e depois primavera, dia depois a noite, uma hora após a outra.

Sua outra filha com Zeus, Astréia, Deusa virgem protetora da humanidade e que simboliza a pureza e a inocência, também era uma deusa da justiça. Conta-se que ela deixou a Terra no fim da Idade do Ouro para não presenciar as aflições e sofrimentos da humanidade durante as idades do Bronze e do Ferro. No céu ela tornou-se a constelação de Virgem. Também a balança de Têmis, que Astréia carregava foi transformada em uma constelação, Libra.

As Horas ou Estações (filhas de Zeus e Têmis) suas são: Irene (paz), Dike (justiça) e Eumônia (disciplina); estas são as Horas mais velhas e estão ligadas a legislação e ordem natural, sendo uma extensão dos atributos de Têmis. Esta última está relacionada com a representação da divindade da justiça. Temis e Dike elucidam o lado ético do instinto, a voz miúda e calma no seio do impulso. Dike para a humanidade é a função de base institual muito sintônica com o que chama de instinto para reflexão.

Existem mais nove Horas que são guardiãs da ordem natural, do ciclo anual de crescimento da vegetação e das estações climaticas anuais. ( Talo, Carpo, Auxo, Acme, Anatole, Dysis, Dicéia, Eupória, Gymnásia)

Ao presidir as reuniões de cunho político do Olimpo, Têmis manifesta o teor organizacional de sua dignidade e justiça. Têmis congregava às reuniões com seriedade moral e obrigava os grandes e poderosos a ouvir, de modo consciencioso, as objeções e contribuições dos irmãos e irmãs menos proeminentes. A Deusa opunha-se à dominação de um sobre muitos e apoiava a unidade mais que a multiplicidae, a totalidade mais do que a fragmentação, a integração mais do que a represão. Nessa atividade de contenção e vinculação, Têmis revela o princípio operado pela consciência feminina: a lei do amor.

Têmis era a deusa da consciência coletiva e da ordem social, da lei espiritual divina, paz, ajuste de divergências, justiça divina, encontros sociais, juramentos, sabedoria, profecia, ordem, nascimentos, cortes e juízes. Foi também inventora das artes.

Zeus e Têmis

Têmis foi a segunda esposa de Zeus, depois de Métis e antes de Hera. É Ela que temperou o poder de Zeus com muita sabedoria e com seu profundo respeito pelas leis naturais. Sendo uma Titã, suas raízes são instintivas e pré-olimpicas e estende-se à frente, para incluir uma visão cósmica das operações finais e essenciais do universo inteiro.

Além de esposa e conselheira, Têmis é também mentora de Zeus. Em um mito ela aparece como ama de leite de Zeus bebê, ensinando-o a respeitar a justiça. No casamento de Zeus e Têmis vemos duas forças, uma solar e outra lunar, trabalharem coligadas com poucos conflitos à serem observados. Zeus era o rei todo-poderoso, absoluto, um padrão arquetípico que governa a consciência coletiva, que tanto cria como mantém uma coletividade. Mas é Têmis, que movimentando-se dentro de vários outros padrões arquetípicos, desestabiliza o absolutismo e as certezas de Zeus. Ela movimentava-se em uma direção contrária, nunca deixando de incluir o máximo possível. Têmis exercia portanto, um efeito de abrandamento.

Entretanto, o casamento do dois não foi de total doce harmonia, pois embora transitasse sabedoria entre eles, os ditames de um e do outro, sempre tinham um preço muito elevado, pois nada possui solução definitiva.

Na imagem de Zeus consultando Têmis, podemos aceitar uma boa dose de troca. Zeus é quem rege e decide, enquanto Têmis assume uma atitude mais suave e dá seu toque relativizador que procede de perspectivas mais abrangentes.

Téia

Téia, ou Teia, filha de Úrano e Gaia, é uma titânide. Desposou Hipérion, seu irmão, e deu à luz as divindades siderais Helios, o Deus Sol, Selene, a Deusa Lua, e Eos a Deusa Aurora.

Reia

Reia ou Réia (AO 1990: Reia), na mitologia grega, era uma titã, filha de Urano e de Gaia. Na mitologia romana é identificada com Cibele, uma das manifestações da Deusa mãe, Magna Mater.

Irmã e esposa de Cronos, gerou Deméter, Hades, Hera, Hestia, Posídon e Zeus, segundo a Teogonia de Hesíodo. Por ser mãe de todos deuses do Olimpo, é conhecida como Mãe dos Deuses. É uma deusa relacionada com a fertilidade.

Devido a um oráculo de Urano, que profetizara que Cronos seria destronado por um dos filhos, este passou a engolir todos os filhos assim que nasciam. Réia decidiu que isto não ocorreria com o sexto filho. Assim, quando Zeus nasceu, Reia escondeu-o numa caverna no Monte Ida em Creta ao cuidado dos assistentes curetes posteriormente sacerdotes e, no lugar do filho, deu a Cronos uma pedra enrolada em panos. Cronos engoliu-a, pensando ser o filho. Há diversas versões sobre quem criou Zeus. Algumas relatam que ele foi criado por Gaia; outras, por uma ninfa (Adamantéia ou Cinosura); segundo uma outra versão, foi nutrido por uma cabra (Amaltéia). Ao atingir a idade adulta, Zeus destronou o pai, forçou-o a vomitar os irmãos e assumiu o Olimpo.

Seguindo a ascensão do filho Zeus ao status de rei dos deuses, ela contestou uma parte do mundo e acabou refugiando-se nas montanhas, onde cercou-se de criaturas selvagens. Geralmente, é associada a leões ou a uma biga puxada por leões.

Na Ásia Menor, era conhecida como uma deusa terrestre, sendo venerada com ritos orgíacos. O nome significa "fluxo", aparentemente em referência à menstruação feminina, e "reconforto", talvez em referência aos partos fáceis.

Febe

Febe ou Foibe (grego Φοίβη, transliteração "Phoibê", tradução "brilhante, profética") era conhecida como "a mais bela entre as Titânides". Seu nome está ligado aos vocábulos gregos phoibos ("brilhante" ou "radiante""), phoibaô ("purificar") e phoibazô ("profetizar").

Talvez a primeira deusa da Lua que os gregos conheceram, Febe é confundida com sua sobrinha Selene (filha de Hipérion e Téia), e também com suas netas Ártemis e Hécate. Febe é a deusa da lua, relacionada com as noites de lua cheia. Seu nome quer dizer "brilhante", nome que foi emprestado ao seu neto Apolo, chamado de Febo. Febe se uniu à Céos e tiveram as deusas Leto (mãe de Ártemis e Apolo) e Astéria (mãe de Hécate), que simbolizam respectivamente os oráculos da luz e da escuridão. Higino ainda acrescenta entre suas filhas o nome de Afirafes.

Febe era uma antiga deusa da profecia e a terceira a presidir o oráculo de Delfos, após Gaia (sua mãe) e Têmis (sua irmã). Mais tarde deu o oráculo a seu neto Apolo como presente de aniversário. Por tudo isso Febe, apesar de brilhante, era considerada uma deusa de mistérios e segredos.

Era representada como uma bela mulher com os seios nus, voando pelo céu e levando numa das mãos um cântaro de prata.

Mnemosine

Mnemosine ou Mnemósine (em grego Mνημοσύνη, pronounciado /nɪˈmɒzɪni/ ou /nɪˈmɒsəni/) era uma das Titânides, filha de Urano e Gaia e a deusa que personificava a Memória. Ela teve de Zeus as Noves Musas:

  • Calíope (Poesia Épica)
  • Clio (Historia)
  • Érato (Poesia Romântica)
  • Euterpe (Música)
  • Melpômene (Tragédia)
  • Polímnia (Hinos)
  • Terpsícore (Dança)
  • Tália (Comédia)
  • Urânia (Astronomia)

Era aquela que preserva do esquecimento. Seria a divindade da enumeração vivificadora frente aos perigos da infinitude, frente aos perigos do esquecimento que na cosmogonia grega aparece como um rio, o Lethe, um rio a cruzar a morada dos mortos (o de "letal" esquecimento), o Tártaro, e de onde "as almas bebiam sua água quando estavam prestes a reencarnarem-se, e por isso esqueciam sua existência anterior".

Oceano

Na mitologia grega, Oceano (grego Οκεανος, "okeanos","oceanus"), era o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres na cabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.

Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Poseidon reinava no Mediterrâneo.

Da união com sua irmã Tétis, foram originadas as ninfas dos mares ou Oceânidas, dentre as quais Anfitrite, mãe de Tritão, as Nereidas, os rios, além de todos os seres marinhos, que tomavam parte ativa nas aventuras dos deuses, como os golfinhos.

Na maioria das variantes do mito da guerra entre os Titãs e os Deuses Olímpicos, ou Titanomaquia, Oceano, tal como Prometeu e Têmis, não se juntaram aos seus irmãos titãs contra os Olímpicos, tendo se mantido afastados do conflito. Oceano também teria recusado aliar com Cronos na sua revolta contra seu pai Urano, mas ajuda Zeus quando este resolve salvar seus irmãos que foram engolidos por seu pai. É a sua filha Métis(que conhecia todas as ervas da terra) que confecciona uma poção capaz de fazer Cronos regurgitar os filhos que havia engolido.

Crio

Crio (em grego: Κρείος, Kreíos) é um dos doze titãs clássicos da tradição hesiódica. Ele desposou Euríbia e gerou: Palas, Astreu e Perses.

Filho de Urano e de Gaia, Crio representava os seres marítimos e seu poder destrutivo envolvia as criaturas até hoje desconhecidas do mar abissal. Ninguem conhece a real forma deste titã.

Crio, assim como os demais titãs que ficaram ao lado de Cronos na Titanomaquia, foi aprisionado no Tártaro.

Jápeto

Segundo a tradição de Hesíodo, Jápeto ou Iápeto era um dos 12 Titãs clássicos filhos de Gaia e Urano.

Jápeto e seus irmãos, liderados por Cronos, conspiraram contra seu pai Urano, preparando-lhe uma emboscada quando desceu para se deitar com a Terra. Crios, Coios, Hipérion e Jápeto se puseram nos quatro cantos do mundo para segurar o deus do céu enquanto Cronos, escondido no centro, o castrava com uma foice, nesse mito, Jápeto e os três irmãos representam os quatro pilares cósmicos que nas cosmogonias do Oriente Médio separam o céu e a terra. Jápeto era o pilar do oeste, posição depois ocupada por seu filho Atlas.

Jápeto, "o perfurador" pode também ter sido visto como o deus-titã do tempo de vida humano e da mortalidade, principalmente da morte violenta e também está associado à habilidade artesanal.

Jápeto desposou Clímene, filha de Oceano e Tétis. Clímene gerou filhos de Jápeto:

  • Prometeu "o que pensa antes", um dos titãs que apoiaram Zeus contra Cronos, criador dos homens. Doador do fogo à humanidade, e por isso condenado a ficar acorrentado por toda a eternidade, com uma águia a lhe comer o fígado diariamente;
  • Epimeteu "o que pensa depois", criou os animais e homens com seu irmão Prometeu, recebeu Pandora como esposa, e abriu a caixa que espalhou os males no mundo;
  • Atlas "o que suporta", titã que apoiou Cronos, e foi punido por Zeus à suportar o céu nas costas;
  • Menecéio "aquele que é vanglorioso".

Hiperião

Hiperião ou Hipérion, na mitologia grega, é um deus solar primitivo, que ao se unir com a titânide Téia gerou Selene (a Lua), Hélios (o Sol) e Eos (a Aurora).

Era um dos 12 filhos de Urano (o Céu) e de Gaia (a Terra). Seu nome quer dizer: "o que está no alto". É também o Titã da visão.

Cronos


Cronos (em grego: Κρόνος) (por vezes confundido com Chronos, Χρόνος), era a Divindade suprema da segunda geração de deuses da mitologia grega e titã do tempo, correspondente ao deus romano Saturno. A etimologia do seu nome é relativa a "tempo", pois assim como o tempo Cronos devora aos seus.Outra suposição é que poderia estar relacionada com "cornos", sugerindo uma possível ligação com o antigo demónio indiano Kroni ou com a divindade levantina El.

Filho de Urano, o Céu estrelado, e Gaia, a Terra, é o mais jovem dos Titãs. A pedido de sua mãe se tornou senhor do céu castrando o pai com um golpe de foice.

A partir de então, o mundo foi governado pela linhagem dos Titãs que, segundo Hesíodo, constituía a segunda geração divina. Foi durante o reinado de Cronos que a humanidade (recém-nascida) viveu a sua "Idade de Ouro".

Cronos casou com a sua irmã Réia, que lhe deu seis filhos (os Crónidas): três mulheres, Héstia, Deméter e Hera e três rapazes, Hades, Poseidon e Zeus.

Como tinha medo de ser destronado, Cronos engolia os filhos ao nascerem. Comeu todos exceto Zeus, que Réia conseguiu salvar enganando Cronos enrolando uma pedra em um pano, a qual ele engoliu sem perceber a troca.

Quando Zeus cresceu, resolveu vingar-se de seu pai, solicitando para esse efeito o apoio de Métis - a Prudência - filha do Titã Oceano. Esta ofereceu a Cronos uma poção mágica, que o fez vomitar os filhos que tinha devorado.

Então Zeus tornou senhor do céu e divindade suprema da terceira geração de deuses da Mitologia Grega ao banir os tios Titãs para o Tártaro e afastou o pai do trono, e segundo as palavras de Homero prendeu-o com correntes no mundo subterrâneo, onde foi encontrado, após dez anos de luta encarniçada, pelos seus irmãos, os Titãs, que tinham pensado poder reconquistar o poder de Zeus e dos deuses do Olímpo.

Curiosidades

Segundo outras tradições, Cronos teria sido, simplesmente, adormecido e levado para a ilha misteriosa de Tule ou teria sido exilado como rei para um sítio ideal onde o "solo fértil produzia colheitas três vezes por ano" e onde se teria prolongado esta idade de ouro, definitivamente terminada com o aparecimento da terceira geração, a de Zeus e dos Olímpicos. Em outra lenda Cronos teria sido destruído e atirado no Tártaro.Outra corrente prega que Cronos fora julgado e obrigado por Zeus a vagar no deserto eternamente.

Cronos foi, por vezes, assimilado ao deus fenício Baal, a cujo ídolo eram sacrificadas as vítimas humanas.

A lenda de Cronos figura no teto da Sala dos Elementos no Palácio Vecchio, em Florença), pintado por Giorgio Vasari e Cristofano Gherardi. Goya representou Cronos devorando os seus filhos Museu do Prado, Madrid.

Cronos também tem a sua imagem e fama fortemente assimilada com jogos que envolvem a mitologia grega. Sempre em papel de vilão.

Cronos foi isolado em um mundo abaixo do mar de Ísis, o único lugar que qualquer mortal não ousaria mexer.

Céos

Céos, na mitologia grega, foi um dos titãs que nasceram de Gaia (Gea) e titã da inteligência, foi casado com a titanide Febe e com ela teve Astéria, a Deusa estelar, e Leto, a Deusa do anoitecer.

Trecho da Teogonia de Hesiodo:

"Febe entrou no leito amoroso de Ceos
E fecundou a Deusa o Deus com amor
Nasceu Leto de negro véu
Sempre boa aos humanos e aos Deuses imortais
doce desde o início
a mais suave do Olimpo
Nasceu também Astéria
Que Perses levou ao seu palácio
e a desposou,e desta união
nasceu a poderosa Hekate
Que Zeus agraciou com esplêndidos Dons..."

Começam as postagens sobre Titãs

Bom acabaram as postagens sobre os Deuses Olímpicos, e agora virão as postagens sobre os Titãs.
Espero que gostem.

Uma prévia de Titãs:

Na mitologia grega, os Titãs – masculino – e Titânides – feminino - (em grego Τιτάν, plural Τιτᾶνες) estão entre a série de deuses que enfrentaram Zeus e os deuses olímpicos na sua ascensão ao poder. Outros oponentes foram os Gigantes, Tifão e Ofion.

Dos vários poemas gregos da idade clássica sobre a guerra entre os deuses e os Titãs, apenas um sobreviveu. Trata-se da Teogonia atribuída a Hesíodo. Também o ensaio Sobre a música atribuído a Plutarco, menciona de passagem um poema épico perdido intitulado Titanomaquia ("Guerra dos Titãs") e atribuído ao bardo trácio cego Tamiris, por sua vez um personagem lendário. Além disso, os Titãs desempenharam um papel importante nos poemas atribuídos a Orfeu. Ainda que apenas se conservem fragmentos dos relatos órficos, estes revelam diferenças interessantes em relação à tradição hesiódica.

Os Titãs não formam um conjunto homogêneo. Trata-se, em geral, de divindades muito antigas que, por uma razão ou outra, continuaram a ter uma certa vigência dentro da mitologia grega clássica e, ao constituir-se o esquema genealógico dos deuses, foram incluídas entre os descendentes de Urano.

Os mitos gregos da Titanomaquia caem na classe dos mitos semelhantes na Europa e Médio Oriente, em que uma geração ou grupo de deuses confronta os dominantes. Por vezes os deuses maiores são derrotados. Outras os rebeldes perdem, e são afastados totalmente do poder ou ainda incorporados no panteão. Outros exemplos seriam as guerras dos Aesir com os Vanir e os Jotunos na mitologia escandinava, o épico Enuma Elish babilónico, a narração hitita do "Reino do Céu" e o obscuro conflito geracional dos fragmentos ugaritas. O Livro da Revelação cristão também descreve uma "Guerra no Céu".

Dionisio


Dioniso, Diónisos ou Dionísio (do grego Διώνυσος ou Διόνυσος) era o deus grego equivalente ao deus romano Baco, das festas, do vinho, do lazer e do prazer, mas, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. Filho de Zeus e da princesa Semele, foi o único deus filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega atípica.


Nascimento

Há na mitologia grega, versões muitas vezes diferentes e contraditórias dos eventos mitológicos. A história do nascimento de Dioniso não é diferente: existem pelo menos duas versões do nascimento de Dioniso, e uma delas está firmemente ligada ao nascimento de Zagreu. Do refundir destas versões resulta a seguinte narração do nascimento de Dioniso.

Da união entre Persefone e Zeus sob a forma de serpente foi gerado o deus cornudo Zagreu. Hera, ciumenta, persuadiu os Titãs a atacarem o deus infante enquanto ele se olhava num espelho. Não só os Titãs o despedaçaram, como também comeram os pedaços do seu corpo - todos à excepção do coração que Atena resgatou.

Atena trouxe a Zeus o coração e este usou-o para preparar uma poção com a qual emprenhou Semele, que então gerou Dioniso.

Ocorreu que Hera, que sentiu ciúme de mais uma traição de Zeus, instigou Semele a pedir ao seu amante (caso ele fosse o verdadeiro Zeus) que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, em outras versões lhe pediu que a mostrasse sua verdeira forma. Semele então pediu que Zeus atendesse a um pedido seu, sem saber qual seria, em algumas versões, ela o fez fazer uma promessa pelo Estige, o voto mais sagrado, que nem mesmo os deuses podem quebrar. Ele concordou e quando soube do que se tratava imediatamente se arrependeu. Uma vez concedido o pedido teria que cumpri-lo. Ele então voltou ao Olimpo e colocou suas vestes maravilhosas (ou demonstrou sua verdadeira forma), já sabendo de o que ocorreria. De fato, o corpo mortal de Semele não foi capaz de suportar todo aquele esplendor, e ela virou cinzas.

Zeus retirou do fogo a criança abortada no sexto mês de gestação e coseu-o na sua coxa. No momento oportuno, Zeus desfez os pontos de costura e deu à luz Dioniso. Confiou-o a Hermes, e este passou-o a Ino e Athamas, persuadindo-os a criá-lo como uma menina.

Depois de adulto, ainda a raiva de Hera tornou Dionisio louco e ele ficou vagando por várias partes da Terra. Quando passou pela Frígia, a deusa Cíbele o curou e o instruiu em seus ritos religiosos.

Curado, ele atravessa a Ásia ensinando a cultura da uva. Ele foi o primeiro a plantar e cultivar as parreiras, assim o povo passou a cultuá-lo como deus do vinho.

Dionisio puniu quem quis se opor a ele (como Penteu) e triunfou sobre seus inimigos além de se salvar dos perigos que Hera estava sempre pondo em seu caminho.

Nas lendas romanas, Dioniso tornou-se Baco, que se transforma em leão para lutar e devorar os gigantes que escalavam o céu e depois foi considerado por Zeus como o mais poderoso dos deuses.

É geralmente representado sob a forma de um jovem imberbe, risonho e festivo, de longa cabeleira loira e flutuante, tendo, em uma das mãos, um cacho de uvas ou uma taça, e, na outra, um tirso (um dardo) enfeitado de folhagens e fitas. Tem o corpo coberto com um manto de pele de leão ou de leopardo, traz na cabeça uma coroa de pâmpanos, e dirige um carro tirado por leões.

Também pode ser representado sentado sobre um tonel, com uma taça na mão, a transbordar de vinho generoso, onde ele absorve a embriaguez que o torna cambaleante. Eram-lhe consagrados: a pega, o bode e a lebre.

Companheiros de Dioniso

Dioniso é normalmente mostrado na companhia de outros que estão a disfrutar do fruto da videira. Uma figura incontornável é a deSileno, seu professor, companheiro fiel e notório consumidor de vinho, que lhe ensinou a cultura da vinha, a poda dos galhos e o fabrico do vinho e a quem é atribuído o papel de tutor do jovem deus nos hinos órficos. Para além de Sileno, sátiros, centauros e ninfas bebem o vinho, tocam flautas, tomam parte em danças e perseguições amorosas. Os retratos de Dioniso podem também incluir as Ménades, mulheres humanas levadas à loucura pelo deus do vinho que vagueavam à noite pelos montes e participavam em actividades ritualistas, tais como amamentarem crias de animais selvagens e ingerirem vinho, mel e leite. Estas mulheres mitológicas mostram-se intoxicadas e violentas, como na ocasião em que despedaçam Penteu, rei de Tebas, na tragédia de Eurípides As Bacantes.

O culto dionisíaco

Os ritos religiosos dedicados a Dioniso eram conhecidos como os Mistérios Dionisíacos. Implicavam normalmente agentes tóxicos, na sua maior parte vinho, para induzir transes que erradicavam as inibições. O Culto de Dioniso assentava em rituais, mas há muito pouca informação concreta sobre a maior parte deles. Sabe-se que os ritos se centravam num tema de morte-renascimento e que a maior parte dos praticantes eram "intrusos", ou seja estrangeiros, foras-da-lei, escravos e, especialmente, mulheres. Acredita-se que eles entravam em transe e usavam música rítmica nos ritos.

As mulheres que participavam nestes rituais imitavam a conduta das Ménades. Executavam danças frenéticas, extáticas, muitas das vezes em volta da imagem de Dioniso. Nestas danças, as mulheres lançavam as suas cabeças para trás, expondo as gargantas, rolando os olhos, e gritando como animais selvagens. Também executavam um ritual sacrificial, durante o qual as mulheres matavam cabras, cordeiros e gado e devoravam a sua carne crua.

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Hades



Hades (em grego antigo Άδης, transl. Hádēs), na mitologia grega, é o deus do Mundo Inferior e dos mortos.

Equivalente ao deus romano Plutão, que significa o rico e que era também um dos seus epítetos gregos, seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Consta também ser chamado Serápis (deus de obscura origem egípcia).

É considerado um deus da "segunda geração" pelos estudiosos, oriundo que fora de Cronos (Saturno, na teogonia romana) e de Reia, formava com seus cinco irmãos os Crônidas: as mulheres Héstia, Deméter e Hera, e os homens Possêidon e Zeus.

Ele é também conhecido por ter raptado a deusa Perséfone (Koré ou Core) filha de Deméter, a quem teria sido fiel e com quem nunca teve filhos. A simbologia desta união põe em comunicação duas das principais forças e recursos naturais: a riqueza do subsolo que fornece os minerais, e faz brotar de seu âmago as sementes - vida e morte.

Hades e outros mitos

Diversos outros mitos incorporam a presença, direta ou indireta, de Hades, como no caso de Admeto que, para fugir à morte, entrega ao deus sua esposa Alceste, ou mesmo em variantes com ligações de parentesco aventadas, como para com os Cabiros. Também no mito de Psiquê sua presença é aludida, pois uma das tarefas da Alma é, justamente, obter num frasco um pouco da beleza de Perséfone.

O próprio Hermes era um arauto de Hades, encarregado de chamar os moribundos com suavidade, e neles depositar os báculos de ouro em seus olhos. Na gigantomaquia o deus teria usado o capacete da invisibilidade para poder matar Hipólito.

Junto a Afrodite e Éris, Hades era dos únicos deuses que não odiavam Ares, deus da guerra; o motivo estava na voracidade com que o deus dos mortos acolhe de bom grado as almas dos jovens guerreiros mortos em combate.

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Hermes


Hermes (em grego: ρμής) era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia, e possuidor de vários atributos. Divindade muito antiga, já era cultuado na pré-história grega possivelmente como um deus da fertilidade, dos rebanhos, da magia, da divinação, das estradas e viagens, entre outros atributos. Ao longo dos séculos seu mito foi extensamente ampliado, tornando-se o mensageiro dos deuses e patrono da ginástica, dos ladrões, dos diplomatas, dos comerciantes, da astronomia, da eloquência e de algumas formas de iniciação, além de ser o guia das almas dos mortos para o reino de Hades, apenas para citar-se algumas de suas funções mais conhecidas. Com o domínio da Grécia por Roma, Hermes foi assimilado ao deus Mercúrio, e através da influência egípcia, sofreu um sincretismo também com Toth, criando-se o personagem de Hermes Trismegisto. Ambas as assimilações tiveram grande importância, criando rica tradição e perpetuando sua imagem através dos séculos até a contemporaneidade, exercendo significativa influência sobre a cultura do ocidente e de certas áreas orientais em torno do Mediterrâneo, chegando até à Pérsia e à Arábia.

As primeiras descrições literárias sobre Hermes datam do período arcaico da Grécia, e o mostram nascendo na Arcádia. Já no primeiro dia de vida realizou várias proezas e exibiu vários poderes: furtou cinquenta vacas de seu irmão Apolo, inventou o fogo, os sacrifícios, sandálias mágicas e a lira. No dia seguinte, perdoado pelo furto das vacas, foi investido de poderes adicionais por Apolo e por seu pai Zeus, e por sua vez concedeu a Apolo a arte de uma nova música, sendo admitido no Olimpo como um dos grandes deuses. Mais tarde inúmeros outros escritores ampliaram e ornamentaram sua história original, tornando-o até um demiurgo, e surgiram múltiplas versões dela, não raro divergentes em vários detalhes, preservando-se porém suas linhas mais características. Foi um dos deuses mais populares da Antiguidade clássica, teve muitos amores e gerou prole numerosa. Com o advento do Cristianismo, chegou a ser comparado a Cristo em sua função de intérprete da vontade do Logos. As figuras de Hermes e de seu principal distintivo, o caduceu, ainda hoje são conhecidas e usadas por seu valor simbólico, e vários autores o consideram a imagem tutelar da cultura ocidental contemporânea.

Seu mito

As origens do mito de Hermes são incertas, e as opiniões variam entre considerá-lo um deus autóctone, cultuado desde o Neolítico, ou como uma importação asiática, talvez através de Chipre ou da Cilícia bem antes do início dos registros escritos na Grécia. O que parece certo é que seu culto estava estabelecido na Grécia desde uma época bastante remota, provavelmente fazendo dele um deus da natureza, dos agricultores e dos pastores. É possível também que tenha sido desde o início uma divindade com atributos xamânicos, ligados à divinação, à expiação, à magia, aos sacrifícios, à iniciação e ao contato com outros planos de existência, num papel de mediador entre os mundos visível e invisível. Seja como for, se tornou um dos deuses mais presentes em toda a mitologia grega, e dificilmente algum dos mitos principais não conta com a sua participação, assumindo uma grande quantidade de epítetos, formas e atributos. Entre as funções mais comumente ligadas a ele na literatura grega estão as de ser o mensageiro dos deuses, e o deus das habilidades da linguagem, do discurso eloquente e persuasivo, das metáforas, da prudência e da circunspecção, também das intrigas e razões veladas, da fraude e do perjúrio, da sagacidade e da ambiguidade, por isso era patrono dos oradores, dos arautos, dos embaixadores e diplomatas, dos mensageiros e dos ladrões. Como inventor, se diz que havia inventado o fogo, a lira, a syrinx, o alfabeto, os números, a astronomia, uma forma especial de música, as artes da luta, da ginástica e do cultivo da oliveira; as medidas, os pesos e várias outras coisas. Pela sua constante mobilidade e outras qualidades intelectuais e relacionais, foi considerado o deus do comércio e do intercâmbio social, da riqueza advinda dos negócios, especialmente do enriquecimento súbito ou inesperado, das viagens, das estradas e encruzilhadas, das fronteiras e das condições limítrofes ou transitórias, da mudanças, dos umbrais, dos acordos e contratos, da amizade, da hospitalidade, do intercurso sexual; era o deus do jogo de dados, dos sorteios, da boa sorte; dos sacrifícios e dos animais sacrificiais, dos rebanhos e pastores, da fertilidade da terra e do gado. Seu ministério a Zeus não se resumia à condição de mensageiro, mas fora incumbido ainda de servir a sua taça, por isso era o deus dos banquetes, e de conduzir a sua carruagem. Também era quem levava as almas dos mortos para o Hades, e quem dirigia os sonhos enviados aos mortais por Zeus. Em aspectos limitados, era também um deus da medicina, associado a Higéia e capaz de restaurar a virilidade, afastar pragas, ajudar o parto e curar com certas plantas

sábado, 10 de julho de 2010

Ares


Na mitologia grega, Ares (em grego: ρης, transl. Árēs) era filho do famoso Zeus (o soberano dos deuses) e Hera(e em versões menos aceitas, Enio é sua mãe). Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou matança personificada.

Os romanos identificaram-no como Marte, o deus romano da guerra e da agricultura (que eles tinham herdado dos etruscos).

Entre os helenos sempre houve desconfiança de Ares. Embora também a meia irmã de Ares, Atena, fosse uma deidade da guerra, a posição de Atena era de guerra estratégica, enquanto Ares tendia a ser a violência imprevisível da guerra. O seu lugar de nascimento e sua casa verdadeira foram colocados muito longe, entre os bárbaros e trácios belicosos (Ilíada 13.301; Ovídio, Ars Amatoria, II.10;), de onde ele se retirou depois que o seu caso com Afrodite foi revelado.

"Ares" permaneceu um adjetivo e epíteto em tempos clássicos: Zeus Areios, Atena Areia, até Afrodite Areia. Em tempos micênicos, as inscrições mencionavam Eniálios, um nome que sobreviveu em tempos clássicos como um epíteto de Ares. Abutres e cães, animais que se alimentam dos cadáveres nos campos de batalha, são sagrados para ele.

Símbolos de Ares

Ares tinha uma quadriga desenhada com rédeas de ouro para quatro (Ilíada v.352) garanhões imortais que respiravam fogo. Entre os deuses, Ares era reconhecido pela sua armadura de latão; ele brandia uma lança na batalha. Os seus pássaros agudos e sagrados eram a coruja de celeiro, o pica-pau, o bubo e, especialmente no sul, o abutre. De acordo com Argonáuticas (ii.382ff e 1031 e seg; Higno, Fabula 30) os pássaros de Ares (Ornithes Areioi) eram um bando de pássaros que lançavam penas em forma de dardos que guardaram o templo das Amazonas do deus em uma ilha costeira no Mar Negro. Em Esparta, em uma noite ctônica de sacrifício de um cão a Enyalios ficou assimilado ao culto de Ares. O sacrifício poderia ser feito a Ares na véspera de uma batalha para pedir sua ajuda.

Ares no mito

No conto cantado pelo bardo na sala de Alcínoo, o Deus do sol Hélios uma vez espiou Ares e [Afrodite] amando um ao outro secretamente na sala de Hefesto, e ele prontamente informou o incidente ao cônjuge Olimpíco de Afrodite. Hefesto conseguiu pegar o casal em flagrante, e para tanto, ele fez uma rede especial, fina e resistente como o diamante para pegar os amantes ilícitos. No momento apropriado, esta rede foi jogada, e encurralou Ares e Afrodite em um abraço apaixonado. Mas Hefesto ainda não estava satisfeito com a sua vingança — ele convidou os deuses Olimpos e deusas a examinar o casal infeliz. Por causa da modéstia, as deusas duvidaram, mas os deuses testemunharam a vista. Alguns comentaram a beleza de Afrodite, os outros opinavam em trocar de lugar ansiosamente com Ares, mas todos zombaram dos dois. Uma vez que o casal foi solto, [res, embaraçado, fugiu para longe à sua pátria, Trácia.

Em um detalhe interpolado muito posterior, Ares põem o jovem Alectrion à sua porta para avisá-los da chegada de Hélios, como Hélios diria a Hefesto da infidelidade de Afrodite se os dois fossem descobertos, mas Alectrion adormeceu. Hélios descobriu os dois e alertou Hefesto. Ares ficou furioso com Alectrion e o transformou em um galo, que agora nunca esquece de anunciar a chegada do sol na manhã.

Ares e os gigantes

Em um mito arcaico e obscuro relacionado na Ilíada pela deusa Dione a sua filha Afrodite, dois gigantes ctônicos, os Aloídas, chamados Oto e Efialtes, lançaram Ares em cadeias e puseram-no em uma urna de bronze, onde ele permaneceu durante treze meses, um ano lunar. "E teria sido o fim de Ares e o seu apetite da guerra, se a bela Eriboea, a madrasta dos jovens gigantes, não tivesse dito a Hermes o que eles tinham feito," ela relatou (Ilíada 5.385–391). "Em um destes suspeitos um festival de licença que é feito no décimo terceiro mês." Ares ficou gritando e uivando na urna até que Hermes o resgatasse e Ártemis enganou os Aloídas fazendo um assassinar o outro.

Ares na cultura moderna

  • Ares é o principal antagonista em quadrinhos da DC Comics, na história da super-heroína Mulher Maravilha. Também faz uma aparição na série animada Liga da Justiça – Sem Limites. Ele é dublado por Michael York. No episódio “Gavião e Pombo”.
  • No game Empire Earth, uma das unidades robóticas que se pode construir na era digital se chama Ares.
  • Ares também é o antagonista principal no jogo de videogame God Of War. O anti-herói principal, Kratos, era guerreiro de Ares, mas foi traído quando Ares fez Kratos matar sua própria esposa e filha. Com a ajuda de outros deuses, Kratos mata Ares e vira o novo deus da guerra.
  • Ares também aparece história em quadrinhos da Marvel Comics como um membro proeminente dos Mighty Avengers. Ele desempenha o papel como de "Wolverine e Thor" tanto tendo os traços de violência como a força de Thor. Ele é também um antagonista principal da versão em quadrinho da Marvel, Hércules.
  • Ares aparece como um personagem maior na série de TV em Hércules: as Viagens Místicas e Xena: a Princesa Guerreira; tanto como vilão como anti-herói, bem como ter um amor unilateral de interesse por Xena. Ele foi interpretado por Kevin Smith.
  • Ares também apareceu na produção de Hercules da Disney e as suas séries animadas originadas. Os animadores da Disney retrataram-no em uma armadura de guerreiro e elmo como a sua roupa. Ele também é retratado tendo uma rivalidade com sua irmã Atena na série animada.
  • Ares é o nome de um dos deuses falsos de Ilíon, uma novela escrita por Dan Simmons.
  • Há um manhwa (desenho em quadrinho sul-coreano) chamado Ares.
  • O míssil que substituirá o ônibus espacial será chamado Ares.
  • Ares tem muitos traços em comum com o poder do Caos, Khorne em miniaturas de jogos da Games Workshop, Warhammer Fantasy Battle e Dark Millennium. Khorne pode ter sido deliberadamente modelado depois de Ares.
  • Uma companhia de fabricação de armas em Shadowrun no jogo é chamado Ares.
  • Ares aparece também na série de livros juvenis de aventura Percy Jackson e os olimpianos escrita por Rick Riordan, baseada na mitologia grega.Na série Ares e retratado como violento e louco por uma guerra, ele é também um grande inimigo do personagem principal da série.

Hefesto


Hefesto ou Hefaísto (em grego: Ήφαιστος), era um deus da mitologia grega, filho de Hera e Zeus, conhecido como Vulcano na mitologia romana. Era a divindade do fogo, dos metais e da metalurgia, conhecido como o ferreiro divino. Hefesto foi responsável, entre outras obras, pela égide, escudo usado por Zeus em sua batalha contra os titãs. Construiu para si um magnífico e brilhante palácio de bronze, equipado com muitos servos mecânicos. De suas forjas saiu Pandora, primeira mulher mortal.

Casou-se com Afrodite , porém ela lhe foi infiel, tendo vários amantes dentre eles deuses e mortais. O seu principal rival era Ares (chamado de Marte em Roma), deus da guerra. Outra versão do mito conta que Afrodite o amava realmente, e suas traições refletiam as outras faces do amor (i.e. ela lhe queria causar ciúmes, ou tinha desejos passageiros), e uma terceira ainda fala que ele divorciou-se de Afrodite e casou-se com as Cárites (ou a Cárite). Atenas, cidade que dava valor ao artesanato, estimava-o.

Expulsão do Olimpo

Hefesto foi jogado do Monte Olimpo por sua mãe Hera, desgostosa com o rosto do filho que não era um dos mais belos. Após a queda, Hefesto ficou coxo. Condenando-o assim a viver sobre a Terra, onde instalou suas oficinas na ilha de Lemnos. Há outra versão em que Hera o joga do Olimpo, e por ter quebrado a perna Hefesto fica preso na Terra por 9 dias e 9 noites, até que seu pai, Zeus, o traz de volta ao Olimpo.

Curiosidades

Em God of War 3, Kratos fala com hefesto que morre eletrucudado ao trai-lo, o mesmo lhe - dá uma arma poderosa, no jogo Hefesto é um gigante deformado que vive no Tartaro.